sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Coisinhas descoladas de Amsterdã

O suave inverno holandês de final de dezembro (cerca de + 8ºC) permite caminhadas pelas ruas planas da cidade, prestando atenção nas suscetibilidades e coisinhas típicas de um lugar liberal e organizado, charmoso e com uma longa história, uma sociedade rica mas atenta às diferenças entre seus habitantes.

Essa é a vista da ponte de vidro que une as duas torres do hotel Ibis Centraal Station. A segundfa torre foi construída em cima dos trilhos da ferrovia, como você pode ver na foto.


Os católicos são minoria na Holanda. A única igreja dos jesuítas (portanto, católica) é a de São Francisco Xavier. Decorada para o Natal, a igreja possui uma comunidade atuante e padres velhinhos e atenciosos.


Há uma livraria, ali perto, especializada em literatura de viagens, guias e roteiros. Chama-se Evenaar Travel Book Store e tem uma seção de livros sobre o Brasil ou de autores brasileiros.


Maconheiros e maconheiras de todo o mundo podem continuar a fumar em paz. O governo local não fechará os coffee shops, conforme avisa o anúncio da Bulldog, a primeira casa de venda de drogas leves na cidade (década de 1970). Essa é uma tendência mundial. Dois estados norte-americanos, Portugal, Espanha, Brasil e outros países estão flexibilizando suas políticas anti-drogas leves, com oa maconha. Os ex-presidentes Fernado Henrique Cardoso e Bill Clinton se uniram a várias personalidades mundiais no filme "Quebrando o tabu", para defender novas medidas mais liberais e conscientizadoras para a pol´tica global de drogas.


O narco-turismo é significativo na Holanda, há mais de duzentoas coffee shops na cidade...


... mas a grande maioria dos turistas vai para curtir outros baratos da cidade, inclusive outras drogas como o álcool e o chocolate, que são deliciosos na região dos Países Baixos e na França.


Essa criatura decorou uma bicicleta para o Natal e a colocou na porta da casa. Note os papagaios no guidão.


Nas vitrinas dos sex shops as novidades são os artefatos eróticos baseados na trilogia Cinquenta tons de cinza. Uma grande campanha publicitária faz chegar às mulheres (e aos homens, afinal o país é democrático) que leram os livros, as possibilidades para continuar a desfrutar e gozar com os romances.


Os consolos são marcados com o brand da série. Outros livros, filmes e histórias em quadrinhos foram lançados para lucrar na esteira do sucesso soft porno, provando que há centenas de tonalidades entre o branco e o negro.  No que se refere ao rosa-choque, a livraria Vrolijk continua a ser o grande destino para quem procura livros, quadrinhos, fotos e revistas para gays e lésbicas. Há inclusive textos acadêmicos dos chamados queer studies, como são denominados no mundo acadêmico anglo-saxônico.  


Essa livraria é um dos poucos baluartes da anti-globalização e da rebeldia. Chama-se Fort Van Sjakoo, localiza-se na Jodenbreestraat 24, em Amsterdam (www.sjakoo.nl).


Há livros, revistas, quadrinhos, folhetos, panfletos, listas, documentos e farto material anarquista e esquerdista.


Para cuecas (e calcinhas) transadas, a Muchachomalo apresenta peças especialmente decoradas...


... como essa, com motivos brasileiros (há italianos, espanhóis, franceses, holandeses...). Coloridas, descoladas e transadas (ops!), a roupa de baixo atende a todas as tribos, das mais caretinhas às mais safadinhas e afoitas. Até os emos podem encontrar algo de seu gosto, em Amsterdam.

Nenhum comentário: