sábado, 11 de dezembro de 2010

Vison of the Seas - Dupla frustração dos passageiros em 2010

Obs.: Texto e fotos Luiz G. G. Trigo. As fotos são do navio Splendor of the Seas (jan. 2010)

No dia 5 de janeiro deste ano, publiquei neste blog um post sobre o  reveillon frustrado a bordo do navio Vision of the Seas, relatado por minha amiga, profa. Marília Ansarah que estava com seu marido, em pleno reveillon, e não viram os fogos de Copacabana por puro desleixo ou teimosia do comandante do navio. A postagem teve 39 comentários!!! - um recorde no blog. Então nossos leitores merecem saber o final da história, após a conclusão de alguns processos na justiça.


O link para a postagem inicial, que gerou uma pequena série que agora chega no último - e frustrante - capítulo, é o seguinte:

http://luiztrigo.blogspot.com/2010/01/vison-of-seas-reveillon-frustrado.html



No final, os passageiros ficaram a ver navios...

Claro que um monte de gente entrou na justiça e os processos rolaram durante este ano. Em entrevista exclusiva para o blog, a Marília contou que a primeira audiência foi em novembro e a Royal Caribbean mandou para lá um rapaz que nem era advogado. Foi algo rápido. Na segunda audiência, em 7 de dezembro, uma testemunha contou o que tinha acontecido. A Royal mandou um relatório que o juiz leu e, segundo a Marília, foi tudo igualmente rápido, a audiência durou cerca de dez minutos.  A defesa da Royal foi de que os passageiros compraram a viagem por uma semana e que o navio era a atração principal da viagem e não os fogos de reveillon em Copacabana. É a mesma coisa que vender a final da Copa do Mundo, não reservar assentos no estádio e dizer que a grande atração é a cidade. O juiz não quis ouvir a Marília e nem discutir os laudos e mandou que ela se retirasse quando tentou argumentar. Após três minutinhos, o veredito foi dado e Royal terá que restituir dez por cento do valor total pago. Uma gorjeta, segundo Marília. 

Ela soube de uma audiência em que o interessado ganhou 100%, de um outro caso onde o ganho foi de 30% e a Royal entrou com recursos em todos esses julgamentos.

Marília e o marido não mais viajarão com a Royal Caribbean, no Brasil. No exterior pode até ser, porque a empresa não faz isso nos Estados Unidos já que a legislação norte-americana é mais rigorosa e protege os consumidores. 

Então, caros passageiros, é importante que antes de comprar um pacote, um cruzeiro, um hotel, passagens em geral ou qualquer serviço turístico, a pessoa pesquise em sites, blogs e outros meios eletrônicos ou pessoais sobre a qualidade dos serviços da empresa e seu histórico em relação ao respeito do consumidor. Não precisamos de empresas que não cumprem e não entregam o que prometem na data certa, do modo correto e na configuração adequada. Não somos trouxas (a não ser no sentido do Harry Potter) e nosso dinheiro deve viabilizar prazeres e delícias que nos satisfaçam,  não que nos frustrem e aborreçam. Mau serviço? Estamos fora. Em 2011, exija mais qualidade e respeito.

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