quinta-feira, 8 de novembro de 2007

BRA e sua breve história podre

Não dá para citar as fontes, mas a história da BRA, proriedade da família Folegatti, donos da PNX Travel é problemática. Dizem por aí, que a antiga Panexpress e a Varig foram as responsáveis pela falência precipitada da operadora Soletur, em 24 de outubro de 2001.
A história é a seguinte: a Soletur fazia vários fretamentos com os aviões da Varig mas, ultimamente, a operadora enfrentava dificuldades financeiras. Um esquema seguro seriam os pacotes de Natal e reveillon em Nova Iorque aproveitando as tarifas hoteleiras e aéreas mais baixas do inverno, algo que já dera certo nos anos anteriores. Veio o 11 de setembro e a situação internacional ficou crítica. Claro que os vôos foram cancelados, o Natal daquele ano em NYC foi uma merda.
A Varig (através da famigerada Fundação Rubem Berta) queria se beneficiar dos fretamentos e teria, de alguma maneira, precipitado a falência da Soletur cobrando de uma só vez antigas dívidas - e os tribunais aceitaram. Na época os antigos donos da operadora colocaram uma carta na internet denunciando essa manobra, mas tudo ficou no "limbo dos casos brasileiros que não queremos resolver".
A Varig Travel surgiu em 2001 e utilizava aviões da BRA arrendados da própria Varig. O nome BRA era uma ficção no papel, pois as aeronaves eram RG. No dia 31 de outubro de 2003, em uma assembléia geral, 92% dos acionistas da própria Varig Travel dissolveram a empresa. Essa história nunca foi bem explicada e comentada pela mídia, pela ANAC, pelas empresas aéreas e nem por mim mesmo porque não há dados suficientes disponíveis para estudos e análises. A Panexpress virou PNX Travel e a BRA firmou-se como uma empresa de baixíssimo custo (e baixa qualidade também).
Agora ela vai à falência. De repente? A ANAC não sabia? O Ministério da Aeronáutica, incompetente orgão (ir)responsável pela baderna aérea do país não sabia? Você não sabia? E comprou passagem pela BRA? Dançou. Vai ficar no "limbo dos casos brasileiros que não queremos resolver".
Aliás, os ministérios avisam: não voe BRA, não voe nos horários e dias de pico, não voe no verão, não use carro a gás, não voe em learjets, não voe em helicópteros em dias de vento, não queira saber porque a TAM põe um Airbus pinado para aterrisar lotado em dias de chuva em Congonhas, não critique as autoridades aeroportuárias, não encha o saco.
Relaxe e perca a grana. Relaxe e morra.

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